Vida

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"Nossa capacidade de amar é limitada, e o amor infinito; este é o drama. Carlos Drummond de Andrade"

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

“CARPE DIEM”



Minha infância foi repleta de mimo e amor. Em meio às dificuldades da vida aprendi os valores da verdade e da honestidade. Cresci assistindo pica pau e ouvindo a minha mãe dizer: - “Esse desenho só presta para ensinar as crianças a serem teimosas e trapaceiras.” 
Na verdade ela também assistia, e no final dos episódios sempre proferia a mesma frase.
Cresci rodeado de amigos e familiares, na vida vivi momentos de tristeza, tive grandes perdas, e grandes ganhos. Logo cedo aprendi a tomar decisões e a cuidar de mim. Aprendi que o valor das coisas está no trabalho e na forma como você vê o mundo.
Aprendi com o mundo, coisas que me guiam até hoje, e em meio aos problemas descobri o valor de uma verdadeira amizade. Descobri que por mais que vivamos anos com uma pessoa, muitas vezes podemos nos surpreender com seus atos. 
Há coisas que só podem nos pertencer com o tempo, e a coisas que vêem até você quando menos estiver esperando.
Aprendi muito com os erros, tanto os meus quanto os das pessoas que estavam em minha volta. E sempre quando deito a cabeça no travesseiro, após um longo dia de trabalho, percebo que ainda tenho muito que viver, muito no que errar, e muitos tombos para tomar.  
 E daí? Os tombos são apenas pedras no caminho, momentos de deslize, e que podem facilmente serem vencidos.
Aprendi que há sempre dois caminhos, e dependendo do caminho que você escolher, você terá anos para se arrepender ou viver uma vida de paz e felicidade.
Acredito que arrependimento não é uma virtude, é um erro. O certo, virtuoso, é não ter pelo que se arrepender.
Aprendi que paciência é uma virtude de poucos, e essa virtude eu só tenho para algumas pessoas ou coisas.
Aprendi que o “coração tem razões que a própria razão desconhece” (Pascal).
Aprendi que nem tudo na vida é do jeito que quero, e que tenho que ter a delicadeza de aceitar tal situação.
Percebi que muitas pessoas passarão em minha vida, e muitas delas irão embora sem ao menos se despedir, outras ficarão para sempre.
Percebi que uma vida feliz depende de escolhas sábias, e sensatas.  

Mas e daí se não é fácil, se não é do jeito que você quer, ou se você precisa errar muitas vezes para poder acertar.
Uma vez na rodoviária de Porto Velho, esperando o ônibus que me traria de volta a Rio Branco, li a frase de uma escritora desconhecida que dizia: “No horror da dor a prepotência diminui e então é possível enxergar as próprias fragilidades. Sem reconhecer as próprias fragilidades não se é possível ter forças e construir um consenso capaz de mudar.”
Achei interessante e com sentindo a frase.
Por isso digo: “viva a vida! A sua vida! Não perca seu tempo vivendo a vida dos outros, a sua já não te dá trabalho de mais?”
Viva a dois, a só, em grupo, só não deixe de viver! Cada minuto da sua vida!

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