Vida

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"Nossa capacidade de amar é limitada, e o amor infinito; este é o drama. Carlos Drummond de Andrade"

sábado, 2 de outubro de 2010

"CHUVA"


E após diversos dias de temperaturas enlouquecedoras, eis que caiu uma chuva! Uma chuva para lavar a cidade, levar os males e regar os amores. Doce chuva, o que você me traz entre os pingos que caem sobre minha face? Chuva, porque demoraste tanto a chegar, e agora que chegaste, porque não deixas eu ver o meu amor? Não quero que deixes de cair, quero dormi com o teu soar sobre meus ouvidos, mas tinhas que ser agora e justamente nessa hora que os teus pingos banhariam os chãos? Vejo pela janela olhares tristes, crianças felizes e em nem sei o que sentir. Estou feliz que chegaste, mas agora que chegaste não sei se quero que tu fiques. Doce chuva, o que você tem a me dizer? Quais as bênçãos que tu me trazes? Oh doce chuva, porque choraste tanto? São lágrimas de alegria, de tristeza, de solidão? Por que teus raios estão tão bravos? Por que cais com tanta força sobre o chão? Seu cair me faz lembrar os tempos de criança, das grandes histórias contadas ao redor de uma vela, e isso enche meu peito de saudade. Mas agora que chegaste não sei se quero que fiques! Sinto muito chuva, já não amo teus pingos como nos tempos de criança, e até os amo, mas teu cair me prende em casa e não posso ver quem amo! Há tantos motivos para sorrir, por que choras tanto doce chuva? Talvez suas lágrimas sejam de alegria, mas teus pingos me trazem euforia e uma ausência que não sei definir. Tuas lágrimas não deixam que eu a veja, por que estais contra mim chuva, logo eu que tanto te amei? Acho que todas essas lágrimas são ciúmes do que estou sentindo, mas ainda te amo, teu soar me acalma, então por que não paras de cair? Chuva, agora que chegaste não sei se quero que fiques! Não podes me impedir de vê-la chuva! Demorei tanto para encontrá-la doce chuva, e quero estar com ela a todo o momento! E se teus pingos deixarem de cair por um instante, e me deixassem contemplar a face de quem amo! Estou feliz que chegaste, mas agora que chegaste não sei se quero que tu fiques doce chuva! Não quero que deixes de cair, quero dormi com o teu soar sobre meus ouvidos, mas tinhas que ser agora e justamente nessa hora que os teus pingos banhariam os chãos?
Tua ausência me faz "chover".






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